quarta-feira, 24 de julho de 2013

Visita de Sobreviventes do Holocausto

        Com a intensão de enriquecer e complementar o projeto, as professoras buscaram recursos pedagógicos. Nessa busca por recursos, tomamos conhecimento do Projeto “Compromisso Moral e Lições de Solidariedade: testemunhos de sobreviventes da Shoa”. Num primeiro momento pareceu algo muito distante que a nossa escola pudesse recebê-los.
            A visita deste projeto ressignificou o nosso projeto, o testemunho oral, olho no olho dos nossos visitantes reverberou por toda a escola. Hoje, a cada leitura que fazemos, ocorre uma interjeição de um aluno trazendo para a realidade dos relatos. E essa experiência ninguém apaga. Temos certeza que um dia eles contarão para seus filhos, que contarão para seus filhos... Afinal como disse o prof. José Carlos Moreira da Silva Filho, na IV Jornada Interdisciplinar para Ensino da História do Holocausto “A memória sensibiliza, o fato histórico muitas vezes anula o trauma”.

            Enfim, somos muito gratos ao Instituto Cultural Judaico Marc Chagall por ter recebido nossos alunos e ter propiciado o acesso ao Projeto Compromisso Moral e Lições de Solidariedade.

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segunda-feira, 10 de junho de 2013

IV JORNADA INTERDISCIPLINAR PARA O ENSINO DA HISTÓRIA DO HOLOCAUSTO

          Com o objetivo de aprofundamento da temática sobre o Holocausto, as professoras Ana Cristina Vianna (História), Evelize Domingues (Língua Portuguesa) e Graziela Nemetz (1º ano) participaram da IV Jornada Interdisciplinar para o Ensino da História do Holocausto realizada no dia 8/6/2013. Na jornada foram tratados os direitos humanos, a temática e encenação teatral do livro "O Diário de Anne Frank", as origens históricas do Shoa, dentre outros. 
          As jornadas interdisciplinares têm sido desenvolvidas desde 2002 pela B'nai B'rith Brasil em parceria com o LEER/USP- Laboratório de Estudos sobre Etnicidade, Racismo e Discriminação da Universidade de São Paulo. A B'nai B'rith Internacional, presente em 54 países, é membro permanente da ONU, como ONG. Atua contra o racismo, o antissemitismo e a discriminação, em favor do reconhecimento dos Direitos do Homem. 
         Houve muitas trocas de experiências com professores que exploram o estudo do Holocausto em sala de aula. Sobreviventes do Holocausto deram seus testemunhos de vida, intensificando nos professores a vontade de lembrar essa história com os alunos para que ela jamais se repita.


quinta-feira, 6 de junho de 2013

Visita ao Instituto Cultural Marc Chagall- pesquisa e aproximação com a História.

      Nos dias 3/6 e 4/6 os alunos da turma 80 foram divididos em 2 grupos e puderam visitar o Instituto Cultural Marc Chagall. Os estudantes visitaram uma exposição sobre os imigrantes Judeus, fizeram pesquisas e tiveram contato com relatos escritos de sobreviventes do Holocausto. Foi emocionante! Os alunos trocaram experiências, reviram seus conhecimentos e intensificaram seu sentimento histórico de que o direito de ser diferente é de todos. 



segunda-feira, 22 de abril de 2013

O que foi o Holocausto?

       Em 1993, Adolf Hitler assumiu o poder da Alemanha e estabeleceu um sistema racista sob o título Nacional- Socialista ou do Alemão NSDAP- Nationalsozialistiche Deustsche Arbeiterpartei (Partido Nacional- Socialista dos Trabalhadores Alemães). Esse sistema pregava que os alemães arianos pertenciam a "raça mestre" (raça pura), enquanto os judeus eram conhecidos como "Untermenschen", subumanos, que não pertenciam a raça humana.
        Em 1939 deu-se início a Segunda Guerra Mundial, com o exército Alemão invadindo a Polônia.As vitórias iniciais foram fáceis, o que fortaleceu Hitler e suas ideias. Foi assim que ele começou o extermínio judeu, principalmente na Polônia, onde a maioria deles residia. Alguns documentos encontrados após da guerra, apontam que seu objetivo era exterminar todos os judeus do mundo. Para concretizar seu plano, inicialmente ele concentrava os judeus em Guetos. Foram estabelecidos campos de concentração e trabalho forçado. Os inaptos ao trabalho eram automaticamente exterminados. A maioria dos outros morreram de fraqueza ou de doenças. A medida que ocupavam as aldeias e cidades da parte oriental, os judeus iam sendo mortos por fuzilamento ou câmaras de gás. 
        Durante os seis anos de guerra, foram exterminados aproximadamente 6.000 judeus, incluindo 1.500 crianças. Esse número representava 1/3 do povo judeu. Essa medida de aniquilação dos judeus, já estava prevista no livro "Mein Kampf" de Adolf Hitler, desde 1924. Foi um procedimento calculado e planejado com muita frieza e crueldade. Foi o único genocídio administrado cuidadosamente e por isso recebeu um nome próprio: Holocausto. 
         Estamos a menos de cinquenta anos do fato e muitos grupos racistas e neo-nazistas tentam negar o seu acontecimento ou diminuir o número de mortes ocorridas. O fato é que o Holocausto existiu e muitos documentos e testemunhos pessoais comprovam isso. Precisamos lembrar desse acontecimento cruel e doloroso para que ele nunca mais aconteça, com Judeus ou com qualquer outro grupo ou povo da Terra. 


" A negativa da existência do Holocausto é uma abominação e uma ameaça potencial para o mundo inteiro" (Museu Judaico/RJ)

segunda-feira, 1 de abril de 2013

COMO TUDO COMEÇOU....

          Esta experiência expõe uma boa prática pedagógica por promover a consciência social nos alunos, inovação e o uso das tecnologias. Trata-se de um projeto de História trabalhado interdisciplinarmente com a disciplina de Língua Portuguesa. O objetivo principal é o estudo do Holocausto na Segunda Guerra Mundial e a leitura do livro “Diário de Anne Frank”. Estão sendo realizadas atividades de relevante significado para o desenvolvimento do projeto a partir da utilização de tecnologias diversas, tais como: livros, revistas, internet, vídeos, filmes, fotografias e leitura virtual. A metodologia de trabalho iniciou-se com a professora de História lançando informações relevantes que orientavam o grupo, preocupando-se em desenvolver o pensamento crítico dos alunos, promovendo debates e incitando-os a pesquisas. A professora de Língua Portuguesa está promovendo, em sua classe, a leitura do livro do Diário de Anne Frank, debates com análise do discurso dos Direitos Humanos e leitura de fragmentos da obra “O menino do pijama listrado”. Os alunos puderam visitar o Instituto Marc Chagall de cultura Judaica e assistir ao relato de sobreviventes do Holocausto residentes em Porto Alegre. Os estudantes serão orientados a realizar seminários com uso de projetor
multimídia, troca de experiências e palestras a serem realizados com as turmas da Educação de Jovens e Adultos da escola e exposição dos trabalhos para a comunidade escolar na Multifeira. Os resultados estão sendo muito positivos. Nota-se que os alunos estão desenvolvendo habilidades tecnológicas, observação, pensamento crítico, capacidade de interpretação, leitura, oralidade, facilidade e diplomacia na exposição de idéias, respeito à diversidade de opiniões, solidariedade e sensibilidade com o direito de ser diferente do outro.
       O contato com projetos históricos muda a percepção de mundo de qualquer pessoa. O projeto foi direcionado com ênfase no Holocausto porque além da importância histórica, o nosso mundo está cada vez mais globalizado e diversificado, sendo de sumo valor ensinar aos alunos os valores da democracia e dos direitos humanos, encorajando-os a repudiar o racismo e a fomentar tolerância nas respectivas sociedades. O filósofo Adorno já dizia que, depois de Auschwitz, o sentido da educação é tão somente impedir que o supremo horror se repita. Com a missão de dar aulas de História para adolescentes das periferias de Porto Alegre, sentimos a importância desse conhecimento sobre os preconceitos históricos da nossa humanidade e superar aqueles vivenciados por nossos alunos do cotidiano. Entendemos que a escola tem um papel importante na educação antidiscriminatória.